Olá, queridos leitores! Ontem, postei sobre os microrganismos usados na biorremediação para degradar o petróleo em águas e solos. Falei sobre quais são esses microrganismos e como funciona todo o processo. No entanto, gostaria de ter incluído como os seres humanos auxiliam nesse trabalho, detalhando o passo a passo. Eu iria postar isso ontem, mas o texto ficaria muito extenso. Portanto, hoje trago como o ser humano auxilia nesse processo. Vamos ler!
Identificação da área contaminada
O primeiro passo é analisar a área contaminada, como um vazamento de petróleo no solo, no mar ou até mesmo em ambientes fechados, como tanques de petróleo. Os cientistas fazem um estudo inicial para entender a extensão da contaminação, o tipo de petróleo presente e as condições ambientais.
Seleção dos microrganismos
Existem dois caminhos principais:
1- Microrganismos nativos: muitas vezes, já existem microrganismos degradadores de petróleo no local do derramamento. Nesse caso, a técnica de bio estimulação é utilizada, onde o ser humano aumenta as condições para esses organismos nativos se multiplicarem e trabalharem mais rápido. Isso é feito adicionando nutrientes, como nitrogênio, fósforo e oxigênio, que os microorganismos precisam para acelerar a degradação.
2- Introdução de microrganismos:
Quando os organismos nativos não são suficientes, ou quando o ambiente é muito hostil, os cientistas utilizam a técnica de bioaumentação, onde introduzem culturas de microrganismos selecionados conhecidos por degradar petróleo de forma eficiente. Esses organismos podem ser isolados de outros locais e cultivados em laboratórios.
Métodos de aplicação
Após decidir quais microorganismos serão usados, eles podem ser aplicados no ambiente contaminado de várias formas:
Soluções líquidas: Os microorganismos são cultivados em laboratório e suspensos em soluções líquidas ricas em nutrientes. Essa solução é, então, pulverizada diretamente sobre o solo contaminado ou espalhada na superfície do mar, ou água contaminada. Isso ajuda a distribuir os microorganismos de maneira uniforme.
Mistura ao solo: Em casos de contaminação no solo, os microorganismos podem ser misturados diretamente ao solo contaminado. Isso pode ser feito por maquinário agrícola ou escavadeiras, que incorporam tanto os microorganismos quanto os nutrientes, como fertilizantes, para facilitar o crescimento.
Biobarreiras: Para impedir que o petróleo se espalhe para outras áreas, podem ser criadas barreiras biológicas que contêm microorganismos. Isso é especialmente útil em áreas costeiras. As barreiras impedem que o óleo se espalhe e criam uma área onde os microorganismos podem degradar o petróleo de maneira controlada.
Biorreatores: Em alguns casos, o solo ou a água contaminada é retirada do local e colocada em grandes tanques chamados biorreatores. Dentro desses tanques, os microorganismos são adicionados com nutrientes e oxigênio, em condições controladas, para maximizar a velocidade de degradação do petróleo. Após o tratamento, a água ou o solo pode ser devolvido ao ambiente.
Monitoramento
Após a aplicação dos microorganismos, os cientistas monitoram a área para garantir que o processo de degradação está ocorrendo de forma eficiente. Eles verificam os níveis de contaminação e ajustam as condições, como oxigênio ou nutrientes, se necessário.
Cuidado com os ecossistemas
É importante que a introdução de microrganismos seja feita com cuidado, para não desequilibrar o ecossistema local. Por isso, a maioria dos projetos de biorremediação é feita com microrganismos que já são encontrados no ambiente, mas em quantidades menores. Isso evita impactos negativos em outras formas de vida presentes.
Então, o ser humano basicamente "fortalece" os microrganismos que já estão no ambiente ou introduz novos que possam fazer o trabalho mais rápido, usando essas técnicas de bioestimulação e bioaumentação. Essa é uma forma de aproveitar o poder da natureza para resolver problemas de poluição!
Legal né, gente! Eu amei essa disciplina, e ainda tem muito conteúdo para explorar, mas essa parte foi fascinante para mim.
Alessandra Silva
Graduanda em Ciências Biológicas
Universidade EaD Cruzeiro do Sul
E-mail: ahbiologa@gmail.com
Instagram: @ahbiologa
YouTube: @ahbiologa
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